Boas Novas

A tarefa de estabelecer a ideia de “graça preveniente” da perspectiva do Novo Testamento pode ser desafiadora, porque o próprio termo não aparece no Novo Testamento ou até mesmo na Bíblia inteira. O termo é teológico e apresenta o entendimento wesleyano da graça de Deus que chega antes, capacitando (mas não forçando) os pecadores a responderem à fé. Em outras palavras, enquanto os cristãos geralmente acreditam na iniciativa da graça de Deus, Wesley se opõe à ideia de que a graça preveniente traz de forma irresistível uma pessoa para a fé em Cristo.

Uma Comunidade Chamada pela Graça

Entrelaçada em todo o tecido do Antigo Testamento está a confissão de fé vivificante e cheia de esperança: “O Senhor é misericordioso e compassivo, lento para se irar e cheio de amor” (Salmos 145:8). Dos livros históricos (Êxodo 34:6-7; Números 14:18) aos profetas (Joel 2:13; Jonas 4:2), dos Salmos (Salmos 103:8 145:8-9) aos sermões (Neemias 9:17, 31), este testemunho da graça de Deus sustenta a fé do Antigo Testamento. O favor gratuito e não coercitivo do Senhor não foi uma mera reflexão tardia no testemunho de nossos ancestrais bíblicos.

A Iniciativa de Deus Graça Preveniente e Expiação

O termo “graça preveniente” não está na Bíblia. De fato, toda essa forma de falar de diferentes “graças”—“graça preveniente”, “graça salvadora”, “graça santificadora”—não é a forma como os autores bíblicos falam de graça. Então, de onde essa linguagem e fraseologia vêm?

Providência e Preveniente

Há uma diferença entre graça providencial e graça preveniente. A providência é como Deus provê o sustento e a provisão de sua criação.[1] Deus “vê” (Gn 22:8, 14) o que é necessário para sustentar o mundo e provê para as pessoas individualmente. Como a providência de Deus afeta a vida de cada pessoa é profundamente misterioso. Quando e onde e em qual família alguém nasce é uma questão de providência.